sexta-feira, 21 de maio de 2010

Raça

Não deu. Não era pra ser. Ou era, e algus detalhes mudaram a história. Aliás, pra mim, um único detalhe: a total incompetência e inutilidade de um jogador chamado Vinícius Pacheco. O jogo de ontem era pra ter sido decidido no último minuto, com um gol heroico, salvador, histórico, nos moldes do gol do tri, marcado pelo Pet naquela final inesquecível com o Vasco.
Eis que exatamente no último minuto, no último ataque, a bola sobra limpa nos pés de quem? Vinícius Pacheco, o símbolo do jogador medíocre, limitado, sem estrela. Fosse nos pés do Pet, do Adriano, do Love, do Juan, do Léo Moura, agora estaríamos comemorando nossa passagem para as semi-finais e assistindo a Copa como um passatempo de luxo.
Mas não, a bola caiu exatamente nos pés de quem não poderia cair e, ao invés de cruzar e 'sejaoquedeusquiser' ou enfiar o bico na bola e furar a rede, o inútil preferiu cair e tentar cavar um pênalti. Que juiz, em sã consciência, daria um pênalti no último minuto, com toda aquela torcida em cima? Ainda que tivesse existido, era capaz de não dar. Mesmo assim, Vinícius Pacheco, o fracasso em pessoa, foi covarde na Hora H e afundou o Flamengo com sua incapacidade.
Sim, caímos de pé. O time entrou ligado desde o primeiro minuto, lutou, jogou com raça. A exceção, como sempre, foi Kléberson, o jogador mais sem-sangue da face da Terra. Não dividiu uma bola, errou todos os passes, não marcou. Já estava com a cabeça na Copa, nem deveria ter entrado em campo. Pet entrou muito bem no segundo tempo, deu mais alma ao time, mais opção de jogadas. Juan e Léo Moura foram sinônimo de entrega. Love errou muito também, mas correu como ninguém. E Adriano calou sim a boca de muita gente. Buscou jogo o tempo todo, correu, marcou, deu o lindo passe de bicicleta para o gol do Love e fez o seu, como prêmio pela sua atuação.
Não vou culpar muito o Bruno pelo gol que tomamos. Estava adiantado? Sim, mas que goleiro não estaria? Saiu do gol esperando um chute frontal e levou por cobertura. Ossos do ofício, mesma frase que uso para definir o papel do Angelim no lance. Na dúvida entre cobrir o atacante que vinha pela ponta direita e marcar o argentininho de La U (que baita jogador!), não fez nem um, nem outro, e deu liberdade para que o golaço acontecesse. É o futebol.
Voltamos do Chile eliminados, mas voltamos de cabeça erguida. E talvez essa eliminação seja mais positiva do que imaginamos. É hora de reformular o elenco, aproveitar a folga da Copa do Mundo para aparar arestas e voltar com tudo em busca do título ou, no mínimo, de uma vaga na Libertadores. Precisamos urgente de um zagueiro de ponta, experiente, confiável, firme, seguro. Ao lado de um zagueiro assim, Angelim já provou que cresce e, entre ele, Álvaro, David e Fabrício, ainda prefiro nosso Magro de Aço.
No meio, não acho que o Flamengo deva renovar com Maldonado. Não é o mesmo depois da contusão e pro seu lugar temos Toró (boa atuação lá no Chile), Willians, Fernando e o jovem Lenon. Desnecessário mantê-lo no elenco.
Com urgência, precisamos de um meia de criação. Michael é talentoso, mas ainda não dá conta do recado. Gostaria de ver o Vágner, talentoso meia-esquerda que jogou no Cruzeiro e hoje está na Rússia, vestindo nossa camisa 10. Isso porque, apesar de ser quem é, não manteria o Imperador. Já nos deu um Brasileiro, mas o custo-benefício é muito arriscado. Love também não deve ser liberado pelo CSKA, portanto precisamos de dois atacantes já. Gosto do Émerson, mas acho que é atacante pra compor elenco. Washington está no mercado e acho que se encaixaria bem no nosso ataque. O sonho? Rafael Sóbis, mas vamos acordar e encarar a realidade: com alguns ajustes temos time pra voltar a Libertadores ano que vem. Quem sabe até lutar pelo hepta. Até porque o espírito de luta renasceu nesse grupo e espero que continue lá, onde é seu lugar.   

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