quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tá na hora de jogar bola!



Chegamos à vigésima rodada do Brasileirão na quarta colocação da tabela, a quatro pontos do líder do campeonato. Olhando pra nossa história, nada que nos impeça de ganhar a competição, claro. Tem muita água pra rolar ainda e a camisa rubro-negra sempre surpreende em campeonatos difíceis.

O que preocupa não é a pontuação, nem as (poucas) derrotas. É a visível má fase técnica de alguns jogadores. Se Ronaldinho Gaúcho tem dado um espetáculo a cada jogo, fazendo gols e dando passes decisivos, outros nomes no elenco tem irritado a torcida e se mostrado indignos de vestir o Manto.

Deivid nem vou falar. É nulo. Inútil. O pior do elenco, abaixo da crítica. Léo Moura joga com a fama que acumulou em quase sete anos de Flamengo. Não faz papel de lateral: nem apóia, nem defende. Ocupa o lado direito do campo sem efetividade, repetindo passes telegrafados, sem a velocidade e o drible fácil que o caracterizavam. Seu ciclo no Fla chega ao fim em 2011.

Welinton é um zagueiro mediano, que seria titular absoluto num Figueirense, num América Mineiro. No Flamengo, jamais. A insistência do Luxa com ele gera uma séria desconfiança sobre futuras negociações e possíveis comissões. Lamentável. Já nosso Angelim se despede do futebol rubro-negro (no Fortaleza ainda dá!) este ano. Ídolo, raça pura! Mas no Mengão não dá mais.

Willians é um ladrão de bolas nato, mas tantos holofotes em cima dele fazem mal. O cara passa a acreditar que é craque e aí, se preocupa em aparecer com cabelo diferente e declarações idiotas. Bola que é bom, nada. Thiago Neves começou bem, fez gols decisivos, correu muito. Depois que conquistou a galera, acomodou e se escondeu. Voltou da seleção e esqueceu o futebol lá. Só tem que lembrar que aqui é Flamengo e lugar de chinelinho é nas Laranjeiras.

Bottinelli foi outra decepção castelhana. Mais um a se juntar à galeria de fracassos como Maxi, Peralta e Ramirez. Fierro já faz parte dessa galeria desde que chegou ao Fla, há 3 anos. Rodrigo Alvim é uma bomba, da qual o Fla já deveria ter se livrado há muito tempo. Diego Maurício cansou do futebol e já se dedica à vida artística. Só lhe falta talento. Qualquer talento.

No meio de todo esse caos, nossa sorte e alento é ver R10 em campo. Temos também Felipe, goleiraço em todos os sentidos, Renato, guerreiro e lúcido no nosso meio, e Júnior César, melhor contratação do ano (R10 não conta). Me pergunto: dá pra ser campeão 'só' com esses caras jogando bola? Lembrando do título de 92, do maestro Júnior, dá. Mas se esses caras que citei resolvessem jogar um pouquinho mais de bola, a missão seria mais fácil.