Depois da expulsão infantil do Michael (que muitos insistem em chamar de Michel, caramba!), abriu-se uma preciosa vaga no meio-campo rubro-negro. A discussão agora é: quem deve ocupar essa vaga para o confronto com o Corinthians?
Entre Pet e Vinícius Pacheco, fico sempre com o Pet. Não é só ídolo. É mais jogador, mais experiente, mais malandro e mais rubro-negro, embora alguns insistam em classificá-lo como 'desagregador' ou 'estrelinha'. Incrível como um jogador que trocou a dívida que o clube tinha com ele por serviços prestados dentro de campo (enquanto outros sentam no sofá e contam os milhões que ganharam em ações trabalhistas contra o Fla) seja tratado da forma que ele está sendo.
Pet não tem culpa se após o hexa todas as TVs o queriam em seus programas. Por falar de um jeito peculiar e inteligente, acabou sendo uma atração não só para fãs de futebol. Foi no Jô, na Ana Maria Braga, em tudo que é programa, de esporte ou não. E fez sucesso. E incomodou seus 'companheiros' de clube. (Inveja é só um dos sentimentos ruins que habita os egos inflados dos jogadores de futebol).
Voltou depois, de merecidas férias em seu país, fora de forma como a maioria. Mas encontrou na Gávea um ambiente hostil. Dizem as más línguas que teria exigido privilégios semelhantes aos de Adriano e Love. Estaria ele errado, depois de dar o hexa ao Mengão? Discutiu com Marcos Braz (que já é passado) e foi afastado. Desde então, vive um verdadeiro calvário na Gávea.
Já Vinícius Pacheco, como dezenas, despontou como uma bela promessa e não aguentou a pressão. Fora da Gávea, nunca ganhou destaque. Voltou e jogou bem no início do ano, mas a camisa voltou a pesar. Agora, quando entra em campo, parece tão inseguro que a bola queima no pé.
Com ele, o Flamengo ganha em velocidade e em poder de marcação. Com Pet, em técnica e decisão nas bolas paradas. Entendo quando dizem que o Pet entrando no segundo tempo rende melhor por causa da diferença física entre ele e os outros jogadores. Mas sinceramente? Prefiro meio Pet que 11 Vinícius Pacheco.
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