sábado, 23 de julho de 2011

Mudando a história

Felipe, Léo Moura, Alex Silva, Ronaldo Angelim, Júnior César; Aírton, Willians, Renato, Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho, Deivid. Este é a provável escalação do Flamengo para o restante do Brasileirão, com mais de 25 rodadas a serem disputadas ainda. No papel, claro, é um timaço. Na prática, as coisas não são bem assim.
Na defesa, temos Felipe em grande fase, Júnior César em franca ascensão e Angelim voltando aos bons tempos. A chegada de Alex Silva anima, ao mesmo tempo em que a visível queda de produção do Léo Moura preocupa. O cara não joga absolutamente nada desde a final do Campeonato Carioca. Pro seu lugar temos Galhardo, que com participações em seleções de base, tende a crescer. Tomara, porque Léo Moura caminha a passos largos rumo à aposentadoria.
No meio, Aírton chegou mostrando seu arsenal: já conseguiu um gancho de 4 jogos. Se voltar a ser o Aírton de 2009, o verdadeiro guardião da nossa defesa, tá perdoado. Willians é cobiçado por outras torcidas, por roubar bolas incansavelmente, mas só a nossa torcida sabe o quanto sofremos com sua mania de devolvê-las na mesma proporção. Corrigindo esse defeito e não se empolgando demais em jogadas simples, tem tudo pra fazer um belo campeonato. O Renato é aquilo: ocupa seu espaço no meio, não atrapalha, mas também raramente ajuda. Parece ter apenas uma utilidade: bater faltas, o que já é uma vantagem pra gente. Mas ainda é pouco para um titular do Mengão.
Thiago Neves é um caso à parte. Ex-jogador de um dos nossos rivais mais detestáveis, chegou querendo mostrar serviço e conseguiu. Muita raça, muita luta, muita entrega e correria, acompanhados de bom futebol. Gols bonitos e importantes e a natural convocação para a seleção brasileira (coisas que o Flamengo faz com jogadores que não chegam a ser foras-de-série, entendeu, Kleber? ). Mas aí a tal síndrome da seleção, que já tinha atingido nosso ex-lateral Juan e o próprio Léo Moura, pegou o TN7 em cheio. Depois da passagem pelo time de Mano Menezes, nosso camisa 7 esqueceu de jogar bola e deu pra falar umas besteiras imperdoáveis. Tem que calar a boquinha e voltar a jogar bola, senão vai conhecer o lado negro da massa rubro-negra.
Finalmente nosso ataque, que bem, não é um ataque. É uma tentativa de adaptar toda a genialidade de R10 em um esquema esquisito, montado pelo nosso Luxa. Tem dado certo, ok, só perdemos uma partida no ano. Mas é irritante ver o R10 tendo que fazer, ás vezes, o papel de centro-avante, já que Deivid não faz. Aliás, deste último não tenho mais o que falar. Não se encaixa. Nossa diretoria fez, mais uma vez, papel de idiota, e não foi capaz de trazer um atacante de respeito. Ok, vamos de Deivid mesmo, ou do tal Jael, de Diego Maurício, o cara mais deslumbrado das Américas, ou de Negueba, uma boa promessa, na minha opinião.
É com essa equipe que devemos disputar o restante do campeonato. Temos bons reservas, como os já citados, além de Bottinelli e Vander (que devem estar em campo hoje pelo Mengão contra o Ceará, em uma excelente oportunidade de mostrarem serviço). Temos também o Adryan, que vem aparecendo bem nas categorias de base e deve ser introduzido no elenco em doses homeopáticas. É time pra ganhar o hepta? Ainda não, mas basta que a torcida passe a acreditar que sim. Aí a história muda. E como muda! 

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